terça-feira, 23 de junho de 2020

Trecho do capítulo três da saga - O Livro dos Imortais - autora - Ane Chaves

O Livro dos Imortais - Os sobrenaturais da Amazônia - autora - Ane Chaves

Encantado com a diversidade de vida na terra, após a grande batalha contra os Anunnaki, um único Anunnaki se escondeu, recusando-se a partir com os demais. Ele passou a transmitir todo o seu conhecimento para os humanos, levando-os a criarem inúmeras civilizações. Em contrapartida, os reptilianos que ficaram, em segredo passaram a dominar os humanos, tomando a sua forma física.
Os reptilianos eram criaturas desprovidas de sentimentos, por isso, passaram a se alimentar das emoções humanas e de sua energia sexual. Os que tiveram os seus corpos possuídos pelos reptilianos, deram início a uma raça híbrida capaz de mudar de sua forma humana para a forma reptiliana quando bem entendessem, podendo assim, viverem livremente entre os humanos.
Com a intenção de dominar o planeta terra, os reptilianos começaram a criar um exército poderoso e muito bem treinados em batalhas. Esperando pelo momento certo de conquistar o planeta, e possuir toda a raça humana. Eles seguiram sua jornada pela terra ao longo dos anos.
Sem ter conhecimento da presença dos reptilianos, o Anunnaki que ficou na terra, também seguia com sua jornada, transmitindo os seus conhecimentos aos humanos. Ele ensinava geografia, ciências, matemática, astronomia, arquitetura, arte, e tudo o mais que pudessem aprender. Muitos e muitos anos se passaram, até que, por volta de 1.500, o Anunnaki chegou ao estado do Amapá. Encantado com a imensa floresta amazônica, ele começou a explora-la, tomando conhecimento de inúmeras espécies de animais e plantas.
Em um belo dia de sol, quando fazia suas caminhadas catalogando as espécies que encontrava, de repente se deparou com uma linda indiazinha. A indiazinha era da tribo Tucuju, e fazia parte de uma família de bravos guerreiros e excelentes caçadores. Quando ela se viu diante aquela enorme criatura desconhecida, imediatamente apontou o seu arco e flecha para a cabeça dele, falando algo em um tom autoritário como se estivesse dando uma ordem. O Anunnaki, então se apresentou:
— Olá, você consegue me entender? Eu me chamo, Anúbis. — Anúbis estendeu a mão na direção da indiazinha para cumprimenta-la. Porém, ela deu um passo para trás e continuo falando.
Anúbis era uma criatura alta, tinha cerca de dois metros e meio, pele lisa e muito pálido, parecia ser feito de cera, fortes olheiras sombreavam seus profundos olhos negros, dando a impressão de que há muito não dormia, não tinha cabelo e sua cabeça era pontiaguda. Ele conseguia compreender cada palavra que ela falava, assim como compreendia o som de cada animal da floresta. Tinha também, o poder de ler a mente de todas as criaturas, existentes na terra; mas só fazia isso, quando queria falar com os animais que eram silenciosos, como os peixes por exemplo.
A indiazinha falava com autoridade:
— Quem é você? E o que faz por essas terras?
Percebendo que ela não o compreendia, Anúbis decidiu usar o seu poder mental para se comunicar.
— Eu sou Anúbis, venho de um mundo muito distante — ele apontou um dedo longo para o céu —, mas já estou em seu planeta há milhares de anos.
A indiazinha se assustou ao ouvir a voz dele dentro de sua mente, aquilo era algo novo e estranho para ela que, instintivamente atirou sua flecha, acertando Anúbis no peito que logo começou a sangrar. Lentamente, ele retirou a flecha, e a indiazinha pôde ver o ferimento se curar magicamente, não restando sequer uma cicatriz. Quando viu aquilo acontecer, ela se desculpou, dizendo:
— Me perdoe, eu não sabia que você era um deus.
— Eu não sou um deus, sou apenas um ser dotado de grandes poderes, aqui no seu mundo, eu sou um imortal.
— Você está aqui para nos fazer mal?
— De forma alguma, eu permaneci em seu planeta para transmitir conhecimento, e para aprender também. Sempre me senti maravilhado com todas as criaturas que habitam a terra.
— Eu posso aprender com você, também?
— Sim, você pode aprender o que quiser, basta abrir a sua mente para o conhecimento.
— Eu me chamo Capotira, que quer dizer, flor do mato. Sou uma caçadora e muito boa com meu arco e flecha.
— Eu percebi, você me deu um tiro certeiro, se eu fosse um animal, com certeza teria conseguido me capturar.
— Eu tenho sete irmãos, todos são bravos guerreiros, mas eu sou a melhor caçadora, fui a última a nascer, e sou a mais valente de todos.
— Realmente, você é muito valente, nem teve medo quando me viu, eu gostaria muito de conhecer sua família.
— Tudo bem, levo você até eles, mas primeiro, quero saber tudo sobre você.
Sorrindo para a indiazinha, encantado com sua desenvoltura, Anúbis começou a contar sua história. A conversa entre eles se estendeu por horas, até que, Capotira se deu conta de que, tinha que voltar para a sua aldeia. A partir daquele dia, os dois passaram a se ver diariamente, Capotira sempre interessada em tudo o que ele tinha para contar.

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O livro dos imortais

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